Na delação de Emilio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração do grupo, foi revelado que o Tesouro Nacional brasileiro deu o aval final que viabilizou a construção do Porto de Mariel, em Cuba. A decisão era atípica à época e, segundo Emílio e seus advogados, “ficou claro” que uma operação desse tamanho não seria possível sem “interferência política”. Dos US$ 954 milhões, do custo da obra do porto, o BNDES bancou US$ 687 milhões (R$ 2,1 bilhões). A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Emilio conta ter sido chamado a Caracas pelo semi-ditador Hugo Chávez, que o pediu para “viabilizar” a obra do porto cubano.
Emílio contou em sua delação que, após a reunião com Chávez, foi procurado por Lula, que já estava “a par” do negócio e o autorizou.
O BNDES relutava na aprovação do financiamento, temendo um esperado calote de Cuba. Foi quando Lula mandou o Tesouro avalizar.
Em troca do Porto de Mariel, a Odebrecht faturou contratos na área de petróleo da Venezuela, que é um dos maiores produtores do mundo.
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