Uma dona de casa de Guarujá, no litoral de São Paulo, enfrenta há cerca de cinco anos uma batalha para conseguir realizar uma cirurgia bariátrica. Vanessa Santos, de 27 anos, pesava 93 kg em 2011, no entanto, após um erro médico durante o parto do segundo filho, passou a engordar e chegou aos 215 kg. A cirurgia de redução de estômago está garantida, mas agora ela busca fundos para manter-se por três meses em Curitiba, no Paraná, onde a operação deve ser realizada.
Segundo Vanessa, tudo começou durante o parto de seu segundo filho, em um hospital de Guarujá. Após a cesariana, ela foi informada pelos médicos que eles fizeram uma laqueadura em suas trompas, para que ela não pudesse mais engravidar. “Eles não avisaram que iam tirar as minhas trompas, simplesmente me informaram depois. Foi um erro. Muita gente me criticou por eu não ter entrado na Justiça contra o hospital, mas na época eu não tinha noção das consequências que isso poderia me trazer no futuro”, explica.
Após o procedimento, nos anos seguintes, a dona de casa passou a ganhar peso, e sua vida mudou completamente. “Até então, eu tinha uma vida normal. Depois disso, comecei a ganhar peso, adquiri uma hérnia, e complicou toda a minha vida. Eu trabalhava fora, trabalhei em uma padaria e cuidei de criança. Nunca tive uma profissão, mas sempre trabalhei. Hoje eu não trabalho, quem sustenta a minha casa é o meu marido”, revela.
Quando a situação saiu de controle, ela iniciou um tratamento em São Paulo, mas o hospital faliu antes que ela conseguisse a cirurgia. Vanessa tentou outras unidades de saúde, mas o procedimento se tornou inviável, porque ela precisaria emagrecer 50 kg antes da operação, o que ela afirma não conseguir. “Eu não consigo perder peso, mesmo com dietas, eu acabo ganhando peso”, diz.
Sua sorte começou a mudar quando, por meio de um projeto social, ela conseguiu garantir a cirurgia em um hospital de Curitiba, que realiza o procedimento sem a necessidade de emagrecer com antecedência. No entanto, ela agora precisa de cerca de R$ 7 mil para manter-se por três meses na cidade, para o pré-operatório. “Eu terei que arcar com os custos básicos, como aluguel e alimentação”, explica.
A dona de casa conta que, após sua história se tornar pública, por meio das redes sociais, ela passou a ser ajudada por várias pessoas, mas que ainda não conseguiu a verba necessária. Sua esperança, no entanto, é que isso ocorra em breve. “Em mãos, eu não consegui ainda nenhum valor alto, até agora. Mas eu creio, eu tenho fé de que vou conseguir. Graças a Deus, estão aparecendo pessoas boas que estão me apoiando, me ajudando, me dando força. Uma pessoa aqui da cidade está até organizando um bingo para arrecadar fundos. Eu sozinha não iria conseguir, e não vou desistir de realizar esse sonho e retomar a minha vida”, conclui.
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