logo

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

[segurança] Rebelião no AM teve corpos esquartejados e sem cabeça

Ao chegar ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, na noite deste domingo (1), o juiz da Vara de Execuções Criminais do Amazonas, Luís Carlos Valois, que havia sido acionado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas para intervir junto aos detentos, definiu o episódio como uma “barbárie” e “cena dantesca”.

Neste domingo, 56 presos morreram no complexo, na que pode ser considerada a maior matança em presídios desde o episódio do Carandiru, em São Paulo, que deixou 111 mortos.

“Uma pilha de corpos, alguns esquartejados, sem braço, perna e sem cabeça, uma cena Dantesca! Nunca vi um negócio tão horrível”, disse Valois à reportagem.

Depois dos assassinatos, segundo o juiz, os próprios presos retiraram os corpos do pátio e os colocaram na entrada da penitenciária. Em seguida, soltaram os reféns restantes e foram para as respectivas celas.

De acordo com o juiz, como as mortes já tinham acontecido, sua atuação se centrou em intervir pelos reféns, usando o respeito que os detentos têm por ele.

“Como eu sou o juiz da Vara de Execução Penal e aquela é uma penitenciaria que só tem condenado, 90% dos processos são meus. Então eu tenho autoridade. Avisei que estava lá porque tem pessoas correndo risco de vida. E eles têm que ter respeito por mim.” O juiz conseguiu a liberação de três dos reféns.

Fonte: FOLHAPRESS

Nenhum comentário:

Postar um comentário