Um recente estudo divulgado pelo jornal Folha de São Paulo apontou que o município de Apodi, localizado no interior do Rio Grande do Norte, possui uma gestão ineficiente na saúde.
O Ranking de Eficiência dos Municípios (REM), como foi denominado o levantamento, classificou Apodi como o quarto pior dentre todos os municípios avaliados no Estado. A saúde apodiense ficou com nota 0,407, abaixo da média brasileira, 0,500, que é já considerada ruim.
A situação nada confortável do município reflete diretamente na população. É o caso da enfermeira Stephanie Oliveira, que já precisou de diversos exames e consultas, mas teve recorrer ao setor particular por conta da burocracia na Secretaria Municipal.
“Muitos apodienses que eu conheço não tem um acompanhamento adequado da saúde. Um paciente diabético, por exemplo, deve ser acompanhado mensalmente e realizar exames de três em três meses, de acordo com o nosso protocolo do Ministério da Saúde. Infelizmente, não existe esse acompanhamento”, revelou ela.
“A gente às vezes precisa de um exame e precisa pagar, por conta da dificuldade em marcá-lo. Eu já precisei inúmeras vezes e, na realidade, nem vou mais atrás, porque eu sei o quão é difícil e não existe uma facilidade desse setor público”, acrescentou Stephanie, frisando que as maiores dificuldades são provocadas pela contratação de pessoal sem formação ou conhecimentos específicos na área.
A análise do REM levou em consideração a cobertura por equipes de Atenção Básica e o total de médicos por habitantes do município, provando que a prefeitura entrega menos saúde à população usando mais recursos financeiros.
Fonte: Josemário Alves
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