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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

[saúde] Cerca de 330 pessoas aguardam doação de órgãos no Rio Grande do Norte

Cerca de 330 pessoas aguardam doação de órgãos no Rio Grande do Norte
Uma campanha que busca conscientizar as pessoas para a importância de se manifestarem como doadores, um ato que pode salvar muitas vidas. Com este objetivo, é realizado o “Setembro verde”, tendo em vista o Dia Nacional de Doação de Órgãos, que é celebrado no próximo dia 27. Este ano, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) é um dos apoiadores da campanha.

No dia 15 de setembro (quinta-feira), a Instituição, em parceira com o Instituto do Bem, montará um estande na Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) para estimular os integrantes do MPRN a se tornarem doadores de órgãos. “É importante levantar o tema. Vamos levar folders explicativos e quem quiser poderá nos passar os dados para fazer a carteira de doador”, explicou a diretora-presidente do Instituto do Bem, Raquel Barbosa.

Embora a carteirinha não tenha valor jurídico, ressaltou Raquel Barbosa, é pertinente para que os familiares tomem conhecimento do posicionamento do parente. “A decisão vai ser sempre da família, no caso dos doares falecidos. Então, é mais comum que respeitem o que foi definido pelo parente ainda em vida”, declarou.

Atualmente, no Rio Grande do Norte, há 142 pessoas esperando por um transplante de córnea, 155 por um transplante de rins e 35 por uma doação de médula óssea, segundo dados da Central de Transplante da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

A negativa familiar, inclusive, é justamente um dos maiores problemas enfrentados, de acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Raíssa Marques.

Uma das pessoas que passará a integrar essa fila de espera é Ana Maria Nascimento de Medeiros, de 56 anos, mãe da servidora do MPRN, Ana Ivelina Nascimento de Medeiros Alencar. É bastante recente a descoberta da necessidade da cirurgia para receber um rim novo, situação decorrente de várias doenças como diabetes e hipertensão ao longo de mais de 20 anos.

Ana Maria tomou conhecimento dessa realidade através da assistente social da clínica onde faz hemodiálise. “É um misto de esperança em ficar livre da hemodiálise e voltar a ter mais qualidade de vida, e um medo de que não encontre um doador compatível e de que a cirurgia não dê certo”, definiu sobre o sentimento de passar a figurar em uma lista de espera.

A servidora do MPRN considera a conscientização como algo essencial para que as pessoas resolvam ser doadoras, pois sem as orientações e os esclarecimentos necessários, muitas sequer pensam na possibilidade, mesmo que para sua própria família. Ela, que é inscrita no banco de dados como doadora de médula óssea já há algum tempo, compreende que é um assunto muito sensível e que, por isso mesmo, deve ser bastante debatido e esclarecido. “Sempre disse à minha família que quando eu morresse queria doar todos os órgãos possíveis. Mas nunca imaginei na necessidade de doar algum órgão enquanto viva”, concluiu.
Fonte: Agora RN

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