Graduada na Ufersa, Vanessa Oliveira, viu seu trabalho ganhar projeção internacional. Pesquisa mostrou diminuição nos custos ao produtor de até 8%.
A pesquisa de mestrado da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Vanessa Raquel de Morais Oliveira, tem projeção internacional. O trabalho comprovou a viabilidade econômica na substituição do farelo de soja pelo farelo de girassol na alimentação de galinhas poedeiras. A pesquisa é resultado da conclusão da pós-graduação. Vanessa Raquel é graduada em zootecnia na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e defendeu a dissertação de mestrado em fevereiro de 2014.
O reconhecimento da importância da pesquisa começou com a publicação de um artigo científico no periódico internacional Animal Feed Science and Technology, que é Qualis/CAPES A1, o conceito mais alto em se tratando de uma publicação científica. A partir dessa publicação, o site internacional Feed Navigator pertencente ao Grupo William Reed, uma importante Revista Britânica de Negócios, publicou uma matéria divulgando a importância dos resultados de uma pesquisa de uma universidade brasileira, no caso, a Ufersa.
“Quem trabalha muito espera o melhor, mas confesso ter ficado um tanto surpresa com a notícia dessa publicação numa revista de economia internacional, pois nosso foco era beneficiar o produtor rural local, não tinha essa pretensão. Um alcance internacional é muito gratificante”, avaliou Vanessa Raquel que atualmente realiza pesquisa no doutorado voltada para melhoramentos na carne de codornas.
Melhoria na produção de ovos
A pesquisa, “Farelo de girassol como substituto nutricional e economicamente viável ao farelo de soja em dietas de galinhas poedeiras em semiconfinamento”, foi realizada com 128 aves da linhagem caipira pescoço pelado, desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN - Emparn, entidade parceira da Ufersa na pesquisa. “A alimentação das aves com farelo de soja representa 70% dos custos do produtor e a nossa intensão foi trabalhar a redução desse custo”, enfatiza Vanessa Raquel.
A opção pelo farelo de girassol, a exemplo da soja, é por ser rico em proteína, além da planta ser facilmente cultivada no nordeste, diferente da soja que é importada de outras regiões do país. “O farelo de semente girassol é produzido a partir do bagaço após a extração do óleo”, enfatiza a pesquisadora, Vanessa Raquel.
No experimento, com duração de 15 semanas, ocorreu a substituição do farelo de soja pelo farelo de girassol, nos percentuais de 10, 20 e 30%. Os resultados foram positivos com relação à produção de ovos e o desempenho das aves. A pesquisa mostrou grande viabilidade econômica com a diminuição nos custos ao produtor de até 8%. Também foi verificada uma melhoria na coloração da gema dos ovos. “Uma economia bastante compensadora para os criadores, além de ser mais uma alternativa para a alimentação das aves”, considerou a doutoranda zootecnista.
Fonte: Ascom UFERSA
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