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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

[política] Chefe de facção é assassinado dentro de carro na Grande Natal, diz polícia


Um dos chefes de uma facção criminosa que disputa o domínio do tráfico de drogas no Rio Grande do Norte foi assassinado na noite deste domingo (6). Eduardo Rodrigues, mais conhecido como Eduardinho do Mosquito, levou vários tiros e morreu dentro de um carro na BR-101 Norte, quando passava pela rotatória de acesso à cidade de Extremoz, na Grande Natal.

A namorada de Eduardo, que também estava no veículo, ficou ferida no braço. Eduardinho era irmão do traficante ‘Joel do Mosquito’, que foi encontrado morto em outubro de 2015 dentro da Cadeia Pública de Natal.

Segundo a Polícia Civil, Eduardo havia ido a Favela do Mosquito, comunidade carente do bairro das Quintas, na Zona Oeste de Natal, para visitar a mãe dele, que está doente. Na volta para casa, ao passar pela rotatória, um automóvel se aproximou e emparelhou com o carro que era dirigido pela namorada de Eduardo. Mais de 20 tiros atingiram o veículo. Eduardo morreu na hora. A namorada dele, que foi atingida de raspão no braço, foi socorrida e passa bem.

Eduardinho cumpria prisão em regime domiciliar desde o final de janeiro. Ele deixou a Penitenciária Estadual de Alcaçuz em meio a uma guerra de facções que vitimou 26 detentos.

Delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marcos Vinícius disse ao G1 que Eduardinho vinha sofrendo ameaças desde aquela época, quando ainda estava em Alcaçuz. “Depois da matança, presos gravaram vídeos nos quais citavam o nome de Eduardinho, dizendo que ele seria o próximo a morrer”, revelou. Por este motivo, a polícia também o investigava como provável participante do massacre.

Citronela

Eduardo Rodrigues havia sido preso em setembro de 2015 durante a operação Citronela, deflagrada pelo Ministério Público. Joel Rodrigues da Silva, o Joel do Mosquito, também foi preso na ação. Outros 23 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. “Ao longo da investigação ficou comprovado que os criminosos eram responsáveis pela gestão de um elevado patrimônio, avaliado em mais de R$ 2 milhões, composto por automóveis de luxo, apartamentos, terrenos em condomínios de praias e em outros locais de alta valorização imobiliária, uma empresa de construção civil, dois salões de beleza e cafeteria em área nobre da capital”, afirmou o MP.

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